A grande maioria dos tumores renais atualmente é diagnosticada incidentalmente, isto é, o paciente faz algum exame de imagem abdominal (ultrassom, tomografia ou ressonância por exemplo) por outro motivo e se encontra um tumor no rim. Existe um amplo espectro de patologias possíveis quando falamos de tumores renais variando de benigno a maligno com alta agressividade.
As características nos exames de imagem sugerem a chance de malignidade não sendo necessário na maioria das vezes a realização de biópsias.
As opções de tratamento para tumores renais são: nefrectomia parcial (retira-se o tumor mantendo o rim), nefrectomia radical (retirada de todo o rim) e terapias ablativas como crioterapia e radiofrequência (destruição das células tumorais por congelamento ou por calor)
As terapias ablativas são uma alternativa para tumores pequenos em geral menores que 3 cm. Apresentam controle oncológico equivalente à ressecção quando se compara a sobrevida livre de metástases mas em termos de recorrência local a ressecção apresenta resultados melhores.
Quando falamos em ressecção de tumor renal sempre que possível, considerando o tamanho e a posição do tumor no rim, optamos por realizar a nefrectomia parcial. Por esta técnica se diminui a chance de insuficiência renal no curto e longo prazo e apresenta excelentes resultados oncológicos.
Tumores maiores e aqueles localizados na região mais central do rim necessitam na maioria das vezes serem tratados com a nefrectomia radical. Sendo o rim contralateral normal mesmo com a retirada de todo o rim o paciente terá uma vida muito próximo do normal sem grandes limitações.
Tanto a nefrectomia parcial quanto a radical hoje em dia são realizadas na maioria das vezes por técnicas minimamente invasivas como laparoscopia e cirurgia robótica que proporcionam menor tempo de internação hospitalar, menos dor e retorno mais rápido às atividades habituais do paciente.